Critical minerals and rare earths are vital to modern economies, supporting key industries, driving innovation, ensuring energy efficiency, enhancing food security, and contributing to national defense. Global demand for these minerals is projected to rise significantly in the coming years. According to the International Energy Agency (IEA), demand for lithium is expected to increase fivefold by 2040, while graphite and nickel demand will double. Demand for cobalt and rare earth elements is also projected to rise by 50-60%, and copper demand is expected to increase by 30%, primarily driven by the deployment of batteries in electric vehicles (EVs) and storage applications.
The economic growth and resilience of Brazil and the United States depend on securing the supply of these minerals and mastering technologies that add value throughout the production chain. Currently, mineral processing is concentrated in a few countries, with China dominating the refining of 19 out of 20 strategic minerals, holding an average market share of around 70%. By 2030, only one country is expected to control 46% of processed copper, 57% of lithium, 74% of cobalt, 77% of rare earths, and 93% of graphite.
To change this scenario, well-developed and coordinated partnerships between countries and policies that encourage expanded development and trade are essential. Both Brazil and the United States prioritize this issue, as evidenced by stimulus measures for financing and the National Policy in the Brazilian Congress, and on the U.S. side, through three Executive Orders published this year.
Brazil is a global player in mining, especially in high-quality iron ore, and holds the largest niobium reserve, the second-largest reserves of graphite and rare earths, and the third largest in nickel. However, except for niobium, it is not a major mineral processor. The United States, on the other hand, has smaller reserve volumes but possesses companies with the capacity for building processing technology and incentives for reducing reliance on single-source suppliers.
The combination of the assets of the two countries, enhanced by stronger sector-enhancing policies, can generate promising results, but they will greatly depend on tighter coordination between the countries. In this regard, the American Chamber of Commerce for Brazil (AmCham Brazil) and the U.S. Chamber of Commerce propose the following four areas to foster this partnership:
1. Strategic Mineral Dialogue Action Plan: Develop a Strategic Mineral Dialogue Action Plan, a result of the bilateral Working Group created in 2020. This plan should include a clear roadmap to guide bilateral work between Brazil and the United States, bringing predictability to the minerals value chain. The roadmap should cover cooperation to expand Brazil's geological mapping, financing and guarantees for mineral projects, partnerships for mineral processing, mineral tracking and traceability technologies, R&D, and regulatory cooperation for the trade of mineral products and co-products.
2. Geological Mapping: Intensify technical and geoscientific cooperation between the Geological Survey of Brazil (SGB) and the U.S. Department of State’s Bureau of Natural Resources (ENR) as well as the United States Geological Survey (USGS) to expand the geological mapping coverage of critical minerals and rare earths in Brazil. This expansion should include sharing advanced geological mapping methodologies and jointly developing monitoring projects for priority and high-potential areas.
3. Financing and Guarantees for Projects: Advance the Framework Cooperation Agreement signed in 2024 between BNDES and the U.S. Development Finance Corporation (DFC) together with the U.S. Exim Bank. Under the leadership of Brazil's Ministry of Mines and Energy (MME) and the U.S. Department of State (DoS), focus on a list of priority projects for co-financing of critical minerals and rare earths processing in Brazil and the United States. Combine the financing and guarantee instruments of the two countries with private banks to boost and accelerate investments in extraction and processing of critical minerals.
4. Productive and Technological Development Partnership: Promote public-private actions for developing business partnerships between the two countries. This includes efforts to identify companies with the technological capacity to accelerate the extraction and processing of critical minerals and rare earths, and to develop joint research and technological innovations that enhance the properties of critical minerals, aiming to increase the energy efficiency of batteries and other energy equipment. Public-private missions between both countries can promote investment opportunities and potential support instruments for companies.
5. Local Community Engagement and Environmental Sustainability: Enhance socio-economic benefits for local communities in Brazil. The U.S. and Brazil should prioritize inclusive approaches in critical minerals projects by establishing frameworks that ensure community voices are heard, incentivize job opportunities, foster local expertise, support small and medium enterprises, reinvest revenues in community development, and preserve natural resources. Additionally, to promote environmental sustainability and ensure traceability of rare earths, the U.S. and Brazil should adopt ISO-based standardized rules, aligning mining operations with ISO 14001 for sustainable practices, developing traceability systems for transparency, establishing programs to reward adherence to high standards, and engaging in international collaboration to harmonize standards, thereby enhancing global supply chain resilience and sustainable economic growth.
Proposta de Cooperação Brasil-Estados Unidos em Minerais Críticos
Declaração Conjunta da AmCham Brasil e da Câmara de Comércio dos EUA
Minerais críticos e terras raras são vitais para as economias modernas, pois sustentam indústrias-chave, impulsionam a inovação, asseguram a eficiência energética, fortalecem a segurança alimentar e contribuem para a defesa nacional. A demanda global por esses minerais crescerá significativamente nos próximos anos. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda por lítio deve aumentar cinco vezes até 2040, enquanto a demanda por grafite e níquel deverá dobrar. A demanda por cobalto e elementos de terras raras também deve crescer entre 50% e 60%, e a demanda por cobre deve aumentar em 30%, impulsionada principalmente pelo uso de baterias em veículos elétricos e aplicações de armazenamento de energia.
O crescimento econômico e a resiliência do Brasil e dos Estados Unidos dependem da segurança no fornecimento desses minerais e do domínio de tecnologias que agreguem valor ao longo de toda a cadeia produtiva. Atualmente, o processamento mineral está concentrado em poucos países, sendo a China dominante no refino de 19 dos 20 minerais estratégicos, com uma participação média de mercado de cerca de 70%. Até 2030, projeta-se que apenas um país controle o processamento de 46% do cobre, 57% do lítio, 74% do cobalto, 77% das terras raras e 93% do grafite.
Para mudar esse cenário, são essenciais parcerias bem estruturadas e coordenadas entre países, bem como políticas que incentivem o desenvolvimento e o comércio ampliado. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos priorizam essa pauta, como demonstram as medidas de estímulo ao financiamento e a Política Nacional em tramitação no Congresso Brasileiro e, do lado norte-americano, os três decretos executivos publicados neste ano sobre o tema.
O Brasil é um player global na mineração, especialmente em minério de ferro de alta qualidade, e detém a maior reserva de nióbio, a segunda maior de grafite e terras raras e a terceira maior de níquel. No entanto, exceto no caso do nióbio, o país ainda não é um grande processador mineral. Os Estados Unidos, por sua vez, possuem menores volumes de reservas, mas contam com empresas capacitadas no desenvolvimento de tecnologias de processamento e incentivos para reduzir a dependência de fornecedores únicos.
A combinação dos ativos dos dois países, reforçada por políticas setoriais mais robustas, pode gerar resultados promissores — desde que haja uma coordenação mais estreita entre as duas nações. Nesse sentido, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AmCham Brasil) e a U.S. Chamber of Commerce propõem as seguintes quatro áreas para fomentar essa parceria:
1. Plano de Ação para o Diálogo sobre Minerais Estratégicos: Desenvolver um Plano de Ação para o Diálogo sobre Minerais Estratégicos, como resultado do Grupo de Trabalho bilateral criado em 2020. Esse plano deve incluir um roteiro claro para orientar o trabalho bilateral entre Brasil e Estados Unidos, trazendo previsibilidade para a cadeia de valor de minerais. O roteiro deve abranger cooperação para ampliar o mapeamento geológico do Brasil, financiamento e garantias para projetos minerais, parcerias para processamento mineral, tecnologias de rastreamento e rastreabilidade, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e cooperação regulatória para o comércio de produtos e coprodutos minerais.
2. Mapeamento Geológico: Intensificar a cooperação técnica e geocientífica entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Bureau de Recursos Naturais (ENR) do Departamento de Estado dos Estados Unidos e com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), para expandir a cobertura de mapeamento geológico de minerais críticos e terras raras no Brasil. Essa expansão deve incluir o compartilhamento de metodologias avançadas de mapeamento geológico e o desenvolvimento conjunto de projetos de monitoramento para áreas prioritárias e de alto potencial.
3. Financiamento e Garantias para Projetos: Avançar no Acordo de Cooperação-Quadro assinado em 2024 entre o BNDES e a Corporação Financeira de Desenvolvimento dos EUA (DFC), juntamente com o Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exim Bank). Sob a liderança do Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil e do Departamento de Estado (DoS) dos EUA, o foco deve ser uma lista de projetos prioritários para cofinanciamento do processamento de minerais críticos e terras raras no Brasil e nos Estados Unidos. A combinação de instrumentos de financiamento e garantias dos dois países com bancos privados deve visar ampliar e acelerar os investimentos na extração e, principalmente, no processamento desses minerais.
4. Parceria para o Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico: Promover ações público-privadas para o desenvolvimento de parcerias empresariais entre os dois países. Isso inclui identificar empresas com capacidade tecnológica para acelerar a extração e o processamento de minerais críticos e terras raras, bem como desenvolver pesquisas e inovações tecnológicas conjuntas que potencializem as propriedades desses minerais, com foco em aumentar a eficiência energética de baterias e outros equipamentos de energia. Missões público-privadas entre os dois países podem promover oportunidades de investimento e instrumentos de apoio às empresas.
5. Engajamento Comunitário Local e Sustentabilidade Ambiental: Ampliar os benefícios socioeconômicos para as comunidades locais no Brasil. Estados Unidos e Brasil devem priorizar abordagens inclusivas em projetos de minerais críticos, estabelecendo marcos que garantam a escuta ativa das comunidades, incentivem oportunidades de emprego, fortaleçam a capacitação local, apoiem pequenas e médias empresas, reinvistam receitas no desenvolvimento comunitário e preservem os recursos naturais. Além disso, para promover a sustentabilidade ambiental e garantir a rastreabilidade das terras raras, Brasil e Estados Unidos devem adotar normas padronizadas baseadas na ISO, alinhando as operações de mineração à ISO 14001 para práticas sustentáveis, desenvolvendo sistemas de rastreabilidade para transparência, estabelecendo programas de incentivo ao cumprimento de altos padrões e colaborando internacionalmente para harmonizar padrões, fortalecendo assim a resiliência da cadeia de suprimentos global e promovendo o crescimento econômico sustentável.